Análise da qualidade do ar interno em veículo de passeio: um estudo de caso

Autores

  • Rogerio Arruda de Moura Instituto Federal de Pernambuco
  • Filipe Cordeiro Instituto de Tecnologia de Pernambuco
  • Aldo Torres Sales Universidade Federal de Pernambuco https://orcid.org/0000-0003-2585-3221
  • Fernando Ferreira de Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2674-6492.2022.002.0004

Palavras-chave:

Dióxido de carbono, Mudanças climáticas, Poluição atmosférica

Resumo

As mudanças climáticas são um problema global, cujos maiores impactos só poderão ser vistos a longo prazo envolvendo, em escala global, interações entre processos naturais, sociais, econômicos e políticos. Sendo assim, a sociedade precisa estar ciente do alto grau de poluição atmosférica existente, bem como das muitas medidas que podem ser aplicadas para tentar combatê-la e reduzi-la. Sabemos que o oxigênio presente no ar, ao ser inspirado, o é absorvido na corrente sanguínea e o dióxido de carbono (CO2) é expirado para a atmosfera. Com base nisso, este estudo teve como objetivo a demonstração da necessidade de se observar as altas taxas de concentração geradas de CO2, no ambiente interno de veículos automotores, e suas consequências em relação à saúde dos condutores, quando expostos as estas taxas por um tempo elevado, bem como o entendimento dos usuários desses veículos sobre essas consequências, através de uma pesquisa de campo abrangendo várias perguntas para compor um série de resultados, que corroboraram com o objetivo da pesquisa. Dentre os pontos observados na pesquisa, o mais importante foi a falta de percepção, pelos usuários entrevistados, sobre os danos que a exposição a taxas de CO2 acima do permitido pelos órgãos reguladores da saúde (1000ppm), poderiam causar à sua saúde e a de quem estiver com eles nos seus veículos durante o seu tempo de percurso diário. Não obstante, o estudo tenha apontado para essa falta de informação com relação aos danos do CO2 à saúde, pôde-se observar que, a partir das respostas à perguntas referentes a esta questão, houve uma notória intensão em se ter um dispositivo que alertasse os usuários dos veículos, através de um sinal sonoro, sobre a elevação dos níveis de concentração de CO2, para que possam tomar as providências necessárias para mitigar ou neutralizar o evento, como a recirculação do sistema de ar e/ou a abertura das janelas do veículo para troca de ar interna do veículo. Isso deixou claro a relevância do estudo em questão, a partir da percepção dos usuários entrevistados, quanto a questão de como mitigar esses danos, que a adoção desse tipo de dispositivo sonoro pode ajudar a reduzir em muito o aumento de doenças causadas pela exposição elevada do CO2 em ambientes fechados, em especial os veículos automotores.

 

Biografia do Autor

Rogerio Arruda de Moura, Instituto Federal de Pernambuco

Possui graduação em Administração de Empresas pela Focca - Faculdade de Olinda(2002), especialização em Especialista em Gestão Pedagógica em Educ. Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de Pernambuco(2010) e curso-tecnico-profissionalizantepela Escola Técnica Federal de Pernambuco(1976). Atualmente é Professor do Instituto Federal de Pernambuco.

Aldo Torres Sales, Universidade Federal de Pernambuco

Possuo graduação em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2007) e cursando Ciência Data Science e inteligência Artificial (Universidade Estácio -2021). Realizei o meu mestrado em Ciência em Innovación Ganadera pela Universidad Autonoma Chapingo (2010) no México. Trabalhei junto a Secretaria de Agricultura y Desarrollo Rural do governo mexicano (SAGARPA) no desenvolvimento de sistemas de monitoramento ambiental de pastagens nativas (SIMTOG ? SAGARPA). Em seguida, realizei o meu PhD in Range Science na Texas Tech University (2017) nos Estados Unidos da América. Atualmente sou professor do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco e membro permanente do programa de pós graduação em tecnologias ambientais do Instituto de Tecnologia de Pernambuco. Sou membro do comitê gestor do Observatório Nacional da Dinâmica da Água e do Carbono no Bioma Caatinga (MCTI) e membro do comitê internacional de avaliação do Desempenho Ambiental da Pecuária para atendimento das metas de descarbonização 2030 - LEAP/FAO/IPCC. Na pesquisa tenho como área de atuação estudos de ciclagem biogeoquímica em sistemas agrícolas, pecuários e florestais, com ênfase na quantificação de serviços ambientais, e em soluções tecnológicas baseadas na natureza, em especial quantificação de créditos de carbono por ecossistemas naturais e agrícolas. Também tenho interesse no uso de geotecnologias e modelagem computacionais aplicadas a estudos ambientais. Sou membro certificado de várias acreditadoras de crédito de carbono, tendo trabalhado com projetos REED+ em diferentes propósitos e escalas e sou mentor da startup de PEGASUS soluções energéticas e ambientais (Incubada no polo tecnológico da UFPE).

Publicado

2022-10-14

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente