Estratégias dos enfermeiros para captação da população masculina nos serviços de saúde

Resumen

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é voltada aos homens na faixa etária entre 25 a 59 anos, correspondente a 20% do total da população brasileira, parcela de extrema importância no cenário nacional. Apesar de a política ter sido instituída em 2009 e ser considerada um grande passo ao que diz respeito à saúde do homem, ainda não foram observadas mudanças significativas no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionada a prevenção da saúde dos homens. Objetivos: Conhecer as estratégias utilizadas pelos enfermeiros para captação da população masculina nos serviços de saúde. Identificar os desafios vivenciados pelos enfermeiros da atenção primária na tentativa de criação de vínculo dos homens com a unidade. Evidenciar quais estratégias podem ser utilizadas para a captação da população masculina na atenção primária. Metodologia: O estudo possui abordagem direta, através da aplicação de um questionário 100% online para enfermeiros da região de Sorocaba, que atuem nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde Familiar e tenham contato direto com a saúde do homem. A busca por esses profissionais foi realizada pela divulgação do formulário por meio das mídias sociais, a coleta de dados ocorreu no período de 19 de setembro a 06 de outubro de 2023. O tamanho da amostra foi de 21 participantes. Resultados: O estudo foi realizado com 21 enfermeiros atuantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde Familiar (USF), a fim de entender a real adesão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) nos serviços de saúde da região de Sorocaba e evidenciar as possíveis estratégias para a captação da população masculina nesses serviços. Conclusão: Os profissionais possuem conhecimento a respeito da PNAISH, no entanto relatam não a desenvolver em sua unidade de atuação, onde a saúde do homem só entra em foco durante o novembro Azul, mês voltado para a prevenção do câncer de próstata. Além disso, a ausência de ações voltadas para a população masculina, reflete negativamente no panorama da saúde do homem, uma vez que o modelo organizacional dos serviços desenvolve mais ações direcionadas para o público feminino.