Surgimento dos cursos de ciências agrárias no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2674-6492.2021.002.0003

Palavras-chave:

Instituições de ensino superior, Brasil, Amazônia Brasileira, Cursos Agrários, Estado da Arte

Resumo

Em 1950, o Governo de Getúlio Vargas exerceu uma forte influência na formação dos profissionais agrários, através da federalização das escolas superiores agrícolas (Lei 1.055/50). Essa ação foi motivada pela necessidade de abastecer o mercado internacional, cuja economia se fragilizou após a Crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial. Logo, exigiam-se profissionais qualificados, para geração da modernização da agricultura e aumento da produção. Partindo desse contexto, este estudo realiza o levantamento do Estado de conhecimento sobre criação e evolução dos cursos em Ciências Agrárias em uma perspectiva nacional, com enfoque na Amazônia. A busca das produções científicas abrangeu o período de 1950 a 2021, ocorrendo em cinco bases de dados, a citar Bielefeld Academic Search Engine (BASE), Bases de Dados da Pesquisa Agropecuária (BDPA), Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertação (BDTD); Banco de Dados Bibliográficos, da Universidade de São Paulo (Dedalus) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram resgatados 2.832 estudos, dentre quais 42 atenderam aos objetivos desta pesquisa. Com isso, constatou-se: a economia interna e externa foi fator determinante para expansão dos cursos (83,34%); a Agronomia é o dos cursos agrários mais referenciado nos estudos (28%); e a região sudeste é reduto das instituições de ensino superior (IES) com mais pesquisas sobre o tema pesquisado (28,60%). Destarte, ainda hoje, a ordem político-econômica é determinante para o crescimento das ciências agrárias, no tocante à implantação de IES, expansão dos cursos e pesquisas agrícolas.

Biografia do Autor

Patrícia Guimarães Pereira, Universidade Federal do Oeste do Pará

Mestranda no Programa Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida, da Universidade Federal do Oeste do Pará. Especialista em Metodologia em Língua Portuguesa e Estrangeira pelo Centro Universitário Internacional. Graduada em Letras pela Universidade Federal do Oeste do Pará. Foco de estudo: Ensino e aprendizagem na Educação Superior; Teoria Literária; Literatura Amazônica; Literatura Comparada; Literatura do testemunho. Identidade e Memória na Amazônia; Sociolinguística.

Helionora da Silva Alves, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Agronomia (2001), mestrado (2004) e doutorado (2010) em Agricultura Tropical, pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Campus Cuiabá, Brasil. Foi bolsista pelo Programa Nacional de Cooperação Acadêmica - PROCAD (2007 a 2009), no qual parte do doutoramento foi cursado na Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus Botucatu, Brasil, Departamento de Horticultura. Professora Adjunto IV na Universidade Federal do Oeste do Pará, lotada no Instituto de Biodiversidade e Florestas, Campus Santarém, Brasil, onde atua como docente nos cursos de Bacharelado em Agronomia, Engenharia Florestal, Ciências Agrárias, Zootecnia e Biotecnologia. Professora permanente do Mestrado em Sociedade, Ambiente Qualidade de Vida (PPGSAQ/UFOPA). Recebe bolsa do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia - PROCAD AM (2020), para realização do Pós-doutoramento no Programa de Letras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Campus Cascavel, Brasil. Exerceu o cargo de Diretora de Extensão da UFOPA, no período de junho de 2014 a abril de 2018. Áreas de interesse: Agroecologia; Sistemas Agrícolas Tropicais; Sociedade e Natureza; Etnoconhecimento; Horticultura; e Floricultura e Paisagismo.

Alanna do Socorro Lima da Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural da Amazônia em 2006. Desde de 2002 atuou como estagiária e bolsista (PIBIc/ CNPq/ UFRA) do Projeto Bio-Fauna/ISARH/UFRA, nos Sub-projetos “Criação de Muçuã (Kinosternon scorpioides) em Cativeiro”, Manejo e conservação de Jacaré-Tinga (Caiman crocodilus crocodilus) em cativeiro”, “Reabilitação Clínica de Animais Silvestres oriundos de doações ou apreensões - SOS Fauna”, “Projeto da Alça viária”, “Projeto Carnívoros da Amazônia” . Entre 2002 e 2003 exerceu a atividade de Monitoramento de Atropelamento de Animais Silvestre. Atualmente é pesquisadora do Projeto Bio-Fauna da Universidade Federal Rural da Amazônia. Tem experiência na área de manejo, comportamento, reprodução, clínica e conservação de animais silvestres. Recebeu 2 prêmio de melhor trabalho no Seminário de Iniciação Científica da Universidade Federal Rural da Amazônia e da Embrapa Amazônia Oriental. Atualmente, Professora Adjunta da Universidade Federal do Oeste do Pará, fazendo parte do Instituto de Biodiversidade e Florestas. Docente do programa de Pós graduação mestrado acadêmico em sociedade, ambiente e qualidade de vida. Áreas de atuação: Produção manejo e Conservação de animais Silvestres, Comportamento e Bem-estar animal, Reabilitação Clínica de Animais Silvestre, videolaparoscopia, Diagnóstico por imagem, Sanidade e Reprodução de Animais Silvestres e domésticos, Etnozoologia e educação Ambiental, Saúde dos animais silvestres e exóticos, Produção animal orgânica e Saúde Coletiva e Zoonoses.

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Publicado

2021-08-05

Edição

Seção

Ensino Superior, Pesquisa e Extensão