Alfabetização na pandemia: políticas públicas do estado de Minas Gerais, Brasil, direcionadas à educação nos anos iniciais do ensino fundamental no período de isolamento social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2674-6646.2020.002.0004

Palavras-chave:

COVID-19, Pandemia, Políticas públicas, Alfabetização, Educação fundamental de anos iniciais

Resumo

A pandemia do novo coronavírus atingiu proporções que ninguém poderia prever e impactou negativamente a maioria dos países do mundo. Além dos mais de 18,1 milhões de casos, já foram contabilizadas mais de 690 mil mortes pela nova doença até 02 de agosto de 2020. No Brasil, essa enfermidade causou uma enorme crise nos órgãos públicos, principalmente nos que oferecem serviços como a saúde e a educação, e fez com que o país necessitasse de medidas emergenciais para a contenção dos problemas. Ainda, em território brasileiro, as unidades federativas gozam de relativa autonomia para gerir os impactos causados pela COVID-19, doença causada pelo novo vírus. A propagação é muito rápida e ocasionada pela infecção por gotículas secretadas pelas pessoas doentes. Desta maneira, quase todos os locais do Brasil adotaram o isolamento social como forma de prevenção da disseminação do novo vírus e contorno de um possível colapso dos sistemas estatais. Assim, o distanciamento das pessoas impactou diretamente a prática da educação. No estado de Minas Gerais, o governo lançou o Plano de Estudos Tutorados (PET), o qual apresenta orientações e atividades para os alunos desenvolverem com auxílio dos pais ou responsáveis. Assim, este estudo visa analisar os PETs direcionados aos anos iniciais do ensino fundamental, além de levantar os benefícios e defasagens para a alfabetização constantes no projeto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, analítica e exploratória, feita a partir da análise de dados disponíveis no site da Secretaria de Educação de Minas Gerais. Assim, os documentos foram analisados e constatou-se que esse projeto se apresenta interessante no que diz respeito a manutenção das práticas educativas no contexto do isolamento social. Contudo, apresenta problemas no que tange ao acesso dos alunos à internet, à diversidade dos ambientes familiares e à inaptidão, muitas vezes, da maioria das famílias em estabelecer as práticas pedagógicas e eficácia no processo de alfabetização. Por isso, se considera que não se pode exigir que famílias que nunca foram capacitadas para isso saibam como gerir, mesmo que provisoriamente, a educação desses alunos. Ensino que se faz, geralmente, mais complexo por se tratar da questão da alfabetização e que exige manejo adequado para que seja eficiente e duradouro.

Biografia do Autor

Marcos Lorran Paranhos Leão, Universidade de Pernambuco

Discente de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Santo Amaro - Recife. Possui experiência na Estratégia de Saúde da Família (Medicina de Família e Comunidade); além de já ter sido monitor do curso de Libras: Ciranda Auditiva (2018), e, atualmente, é monitor da disciplina de Histologia pelo Instituto de Ciências Biológicas - ICB (UPE). 

Maria Tereza Damasceno de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduanda no curso de História pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.

Sinara de Oliveira Paranhos Leão, Universidade Vales do Rio Doce

Atualmente, é especialista em educação básica da Escola Estadual Abílio Rodrigues Patto. Formada em Pedagogia pela Universidade Vales do Rio Doce e em Educação Especial pela Universidade Santa Cecília. Possui Pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia Institucional, Clínica e Educação Especial e em AEE - Atendimento Educacional Especializado pela Faculdade Venda Nova do Imigrante, e Pós-graduação lato sensu em Educação Especial e Comunicação Alternativa pela Universidade Candido Mendes.

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Publicado

2020-08-26

Edição

Seção

Políticas Públicas na Educação